Palestrante Cristiano Saback

“Não sei se eu quero Direito ou algo na área de saúde. É que minha família toda já atua na área e acho que pode ser mais fácil pra mim.”

Foi assim que Roberta, 16 anos, uma adolescente de São Luís, no Maranhão, iniciou o nosso primeiro contato, na sessão de Orientação Vocacional . Tinha acabado de concluir o 3o ano do ensino médio, mas ainda sem a perspectiva de carreira. A primeira sessão, de anamnese, feita com os pais dela, já dava para perceber que o desejo da família era que escolhesse algo na área de saúde; mas não queriam forçar a escolha. Então concordaram numa orientação vocacional para que Roberta tivesse mais conhecimento de outras áreas, assim como dela mesma, seus interesses e seus talentos.

Bastante normal chegar nesse momento com essa indecisão e medo de fazer a escolha errada. No final das contas, no meu histórico de atendimentos, vez ou outra, surge alguém querendo agradar os pais, agradar o namorado(a) ou se destacar entre os amigos. Até porque, o que se torna referência forte para os adolescentes é aquilo que se apresenta ao redor deles ou nas redes sociais.

Roberta estava ansiosa, mas também super aberta a entender sobre seu perfil e aprender sobre o mercado de trabalho e as suas possibilidades. Ela tinha certo interesse pela área de saúde, afinal cresceu cercada de médicos, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiras. Era uma referência para ela sobre ser bem sucedida. Mas não sabia se esse era, também, o seu caminho e isso a deixava indecisa.

Os encontros se seguiram com muita conversa, reflexão e aplicando técnicas e ferramentas.

Ela sempre chegava com perguntas. Gostava de tudo bem estruturado e defendia as suas ideias quando tinha certeza de alguma coisa. Fizemos pesquisa de profissões alinhadas ao seu perfil comportamental. Quanto à sua dúvida de ser ou não na área de saúde, foi logo solucionada. Ela não gostava de estudar nada que se relacionasse a área de ciências biológicas.

Depois dessa conclusão passamos por várias etapas até ficar claro para ela o interesse pela área de Direito. Imaginava-se assim: advogada. Devo confessar que o seu perfil era bem alinhado a essa nova perspectiva. Imaginou um futuro promissor, principalmente quando viu as descrições de cargos e salários. Roberta achou bem alinhado aos seu perfil e desejo de atuação profissional. Só se decepcionou com o salário inicial de quem se forma em Direito. Demos boas risadas com isso. Mas ela entendeu que a carreira é uma construção contínua e as conquistas vêm aos poucos.

Há pouco tempo ela me enviou uma mensagem no whatsapp. Já estava no 6o semestre de direito e estagiando. Enviou mensagem para contar a novidade que considerou irônica e muito bem-vinda: estava estagiando no setor jurídico de um hospital. Aos 19 anos estava amando a sua nova realidade, inclusive a de pagar seus próprios boletos.

*Roberta é nome fictício atribuído a uma das minhas clientes.

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*Cristiano Saback é um entusiasta de pessoas. Atua como consultor de carreira, orientador vocacional e palestrante há mais de 20 anos. Atende clientes que buscam desenvolvimento profissional e motivação para resultados. Formado em comunicação, é também  pós-graduado em psicologia analítica, em psicopedagoia e em potenciais da imagem. Além das suas formações em assessment e  em análise comportamental. Apresentou o programa Carreira & Sucesso na Educadora FM (2015-2020), desde 2021 é colunista do iBahia e escreve a coluna Gestão e Carreira, diretor do Instituto Inteligência Interpessoal e dá palestras e treinamentos para pequenas, médias e grande empresas. Entre seus maiores clientes: Natura, Claro, OAB, Embasa, Sheraton, etc. Como consultor de carreira atende profissionais das mais diversas áreas como: medicina, jornalismo, artistas, engenharia, políticos, enfermagem, área comercial, gestores, apresentadores(as), advogados, empresários(as), etc. Toda a sua experiência, com empresas e profissionais, cria uma bagagem de informações importantes, que ajudam muito no trabalho de orientação vocacional de jovens num momento de escolha da carreira